por Piter Kehoma Boll
Hoje lidaremos com um clássico novamente. Spongia officinalis, ou esponja-de-banho, é uma espécie que vem sendo usada por humanos há milênios. Pertencendo à classe Demospongiae, a esponja-de-banho é a origem do nome esponja.
A esponja-de-banho é encontrada no Mediterrâneo de uma profundidade de 1 a 100 metros. Ela cresce em rochas e na areia em águas bem oxigenadas, formando amontoados cinzentos cuja forma pode variar consideravelmente. Devido aos seus hábitos sésseis, Linnaeus originalmente a classificou como uma planta, o que ainda pode ser notado em seu nome, já que officinalis era um epíteto comum usado por Linnaeus para se referir a plantas comestíveis, medicinais ou de outra forma úteis a humanos.
Como a maioria das esponjas, a esponja-de-banho se alimenta de partículas orgânicas e microrganismos flutuando na água, os quais filtra puxando água para dentro do corpo através de pequenos poros e liberando-a através de aberturas maiores, os ósculos. Elas podem se reproduzir tanto assexuadamente por brotamento e fragmentação quanto sexuadamente. Esponjas-de-banho podem ser tanto hermafroditas quanto ter só um sexo, ou mesmo alterar entre ser macho e fêmea. A reprodução sexuada ocorre mais frequentemente de outubro a novembro, quando esponjas “agindo como machos” liberam esperma na água, o qual é capturado por esponjas “agindo como fêmeas” e transportado até seus ovos, onde a fertilização ocorre. O embrião começa seu desenvolvimento dentro da mãe e é eventualmente liberado para se depositar no substrato e se desenvolver numa versão minúscula de uma esponja adulta.
O esqueleto da esponja-de-banho a torna um material flexível, mas resistente, e espécimes mortos e secos possuem um bom potencial de absorção. Humanos vêm explorando essas propriedades desde tempos antigos, começando na Grécia e mais tarde se espalhando pelo Mediterrâneo todo e em tempos modernos até para o mundo todo. Como o nome comum sugere, o principal uso da esponja-de-banho é no banho e em outras atividades de limpeza, da mesma forma como as versões modernas sintéticas são usadas. Elas também podem ser usadas como material absorvente e mesmo como uma ferramenta para pintar.
Apesar de ser uma espécie comum no Mediterrâneo, sua colheita desde tempos antigos reduziu severamente algumas populações e levou mesmo a extinções locais. Como resultado, sua colheita é proibida ou limitada em algumas áreas e o interesse em fazendas de esponjas tem crescido recentemente. O cultivo de esponjas junto com peixes parece ser uma boa prática porque como esponjas são filtradoras, elas também ajudam a remover poluentes da água.
Você alguma vez usou uma esponja-de-banho genuína para se banhar ou em outra atividade?
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Referências:
Pronzato, R., & Manconi, R. (2008). Mediterranean commercial sponges: over 5000 years of natural history and cultural heritage. Marine Ecology, 29(2), 146-166. https://doi.org/10.1111/j.1439-0485.2008.00235.x
Wikipedia. Spongia officinalis. Disponível em < https://en.wikipedia.org/wiki/Spongia_officinalis >. Acesso em 11 de fevereiro de 2021.
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