Arquivo do mês: novembro 2021

Sexta Selvagem: Opilião-Europeu

por Piter Kehoma Boll

Opiliões formam um grupo peculiar de aracnídeos que são frequentemente confundidos com aranhas, apesar de os dois grupos não serem proximamente relacionados. Através da maior parte da Europa e do norte da Ásia, você pode encontrar o opilião, a espécie que deu nome a todo o grupo. Seu nome científico é Phalangium opilio, atualmente conhecido como opilião-europeu.

Espécime na França. Foto do usuário saydelah do iNaturalist.*

O corpo das fêmeas atinge cerca de 9 mm de comprimento e os machos são ligeiramente menores, atingindo até 7 mm. Contudo a maior parte do tamanho está nas pernas. O segundo par, que é o mais longo, pode atingir 54 mm em achos e muito menos em fêmeas, cerca de 38 mm. Eles são frequentemente amarronzados, mas podem ter algumas marcas avermelhadas ou pretas também.

Machos possuem pernas muito compridas e quelíceras também compridas. Foto de Pascal Dubois.**

O opilião-europeu pode ser encontrado em uma variedade de habitats, como florestas e prados. Ele também é bem adaptado a ambientes antropizados (e qual espécie europeia não é?), como jardins, campos, gramados e parques. Como consequência, essa espécie foi introduzida na América do Norte, na Austrália e na Nova Zelândia.

As fêmeas são mais gorduchinhas e possuem pernas e quelícerass mais curtas. Foto de Jason Headley.**

Como predador, o opilião-europeu se alimenta de uma variedade de organismos menores e de corpo relativamente mole, como ácaros, pulgões e larvas de insetos. ELe também pode comer ovos de insetos e artrópodes mortos. Em ecossistemas agrícolas, ele pode ser uma espécie importante para o controle da população de algumas pragas, como a lagarta-da-espiga-de-milho, Helicoverpa zea e o besouro-da-batata, Leptinotarsa decemlineata. Ele também foi observado se alimentando do pulgão-da-soja, Aphis glycines, mas essa espécie parece ser prejudical ao desenvolvimento do opilião, de forma que ele provavelmente não o comeriam em plantações de soja de outras presas estiverem presentes.

Comendo uma formiga. Foto de Martin Galli.**

Durante a época de acasalamento, que geralmente ocorre pelo outono, os machos disputam as fêmeas com empurrões, atacando o rival com suas quelícerass e agarrando e torcendo os pedipalpos do adversário. O macho mais forte geralmente vence e copula com a fêmea nas proximidades enquanto o outro macho se retira. Os adultos morrem no inverno e os ovos sobrevivem para eclodir na primavera seguinte. Isso significa que duas gerações do opilião-europeu nunca se encontram.

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Você também pode gostar:

Sexta Selvagem: Opilião-de-Escudo-Platense (em 8 de março de 2019)

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Referências:

Allard, C. M., & Yeargan, K. V. (2005). Effect of diet on development and reproduction of the harvestman Phalangium opilio (Opiliones: Phalangiidae). Environmental entomology34(1), 6-13. https://doi.org/10.1603/0046-225X-34.1.6

Drummond, F., Suhaya, Y., & Groden, E. (1990). Predation on the Colorado potato beetle (Coleoptera: Chrysomelidae) by Phalangium opilio (Opiliones: Phalangidae). Journal of economic entomology83(3), 772-778. https://doi.org/10.1093/jee/83.3.772

Newton, B. L., & Yeargan, K. V. (2001). Predation of Helicoverpa zea (Lepidoptera: Noctuidae) eggs and first instars by Phalangium opilio (Opiliones: Phalangiidae). Journal of the Kansas Entomological Society, 199-204. https://www.jstor.org/stable/25086022

Willemart, R. H., Farine, J. P., Peretti, A. V., & Gnaspini, P. (2006). Behavioral roles of the sexually dimorphic structures in the male harvestman, Phalangium opilio (Opiliones, Phalangiidae). Canadian Journal of Zoology84(12), 1763-1774. https://doi.org/10.1139/z06-173

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*Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons de Atribuição 4.0 Internacional.

**Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons de Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional

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Arquivado em Aracnídeos, Sexta Selvagem

Sexta Selvagem: Centopeia-do-Solo-Amarela

por Piter Kehoma Boll

Quando pensamos em centopeias, o que vem à nossa mente são frequentemente as ferozes espécies do gênero Scolopendra, como uma das que foi apresentada aqui anteriormente, mas a maioria das espécie de centopeia são criaturas pequenas e adoráveis que vivem no solo. Elas geralmente são pequenas e com corpos muito longos e com muitos segmentos, e talvez você já tenha encontrado uma embaixo das pedras em seu jardim.

Uma dessas centopeias é Geophilus flavus, a centopeia-do-solo-amarela. Ela tem uma distribuição holártica, isto é, você pode encontrá-la na América do Norte, Europa, norte da África e norte da Ásia. Os adultos possuem um corpo amarelo-claro e uma cabeça mais escura, geralmente laranja, com antenas muito longas. Vivendo no solo, elas não possuem olhos e, portanto, dependem de outros sentidos para se orientarem.

Um belo espécime na Rússia. Foto de Иван Матершев.*

Todas as centopeias adultas possuem um número ímpar de segmentos com pernas. Na centopeia-do-solo-amarela, isso pode variar de 49 a 57 ou, mais precisamente, entre 49 e 55 em machos e entre 53 e 57 em fêmeas. Estudos demonstraram que fatores ambientais, como temperatura e umidade, podem influenciar o número final de segmentos, com temperaturas mais altas induzindo e um número maior de segumentos e umidade alta tendo o efeito contrário.

A cabeça laranja sem olhos e com antenas muito longas de um espécime na Irlanda. Foto do usuário formicacid do iNaturalist.

Durante a época de acasalamento, os machos frequentemente cortejam as fêmeas e, quando estas ficam receptivas, eles depositam seu esperma na forma de um espermatóforo sobre uma cama de seda, da qual a fêmea o coleta. Os cachos de ovos frequentemente possuem entre 50 e 60 ovos e a fêmea protege a eles e aos filhotes até que estes sejam capazes de procurar comida sozinhos, o que geralmente leva de várias semanas a alguns meses.

O corpo pequeno, estreito e achado permite que a centopeia-do-solo-amarela se nova através de frestas estreitas no solo e sob a casca de árvores caídas. Ela também pode cavar suas próprias tocas e criar uma rede de túneis da mesma forma que as minhocas e, assim, ajuda a aumentar a permeabilidade do solo.

Um belo espécime na Lituânia. Foto de Gintautas Steiblys.*

A centopeia-do-solo-amarela é um predador ativo e caça principalmente à noite, procurando pequenos invertebrados como minhocas, ácaros e larvas de insetos. Mais ativa durante o verão, ela armazena energia como gordura em seus tecidos e frequentemente passa alguns meses hibernando durante o inverno.

Como minhas amadas planárias terrestres, as centopeias-do-solo são consideradas importantes predadores da teia alimentar de detritos, isto é, aquela que começa com detritívoros em vez de herbívoros. Infelizmente, assim como com as planárias terrestres, as centopeias-do-solo são outro grupo negligenciado de predadores e pouco se sabe sobre seu papel em regular a comunidade de invertebrados nos ecossistemas do solo.

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Você também pode gostar:

Sexta Selvagem: Centopeia-Gigante-de-Galápagos (em 22 de fevereiro de 2020)

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Referências:

Simaiakis, S. M., Djursvoll, P., & Bergersen, R. (2013, October). Influence of climate on segment number in Geophilus flavus, a centipede species inhabiting Sognefjord in western Norway. In Annales Zoologici Fennici (Vol. 50, No. 5, pp. 247-255). Finnish Zoological and Botanical Publishing Board. https://doi.org/10.5735/085.050.0507

Wikipedia. Geophilus flavus. Disponível em < https://en.wikipedia.org/wiki/Geophilus_flavus >. Acesso em 18 de novembro de 2021.

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Sexta Selvagem: Musgo-Touca-Comum

por Piter Kehoma Boll

Para aqueles que nunca prestaram atenção ao minimundo dos musgos eles podem todos parecer iguais. No entanto como já aprendemos com as espécies de musgos que foram apresentadas aqui anteriormente, há uma grande diversidade entre estas pequenas plantas não vasculares. Mas e se eu te dissesse que nem todos os musgos carecem de tecidos condutores, ou ao menos não exatamente?

Para entender isso, vamos apresentar a espécie de hoje, Polytrichum commune, chamada em inglês de common haircap moss, o que decidi adaptar como musgo-touca-comum. Ele é encontrado pelo mundo todo em áreas com muita umidade e pluviosidade, especialmente turfeiras, charnecas úmidas e ao longo de riachos em florestas.

O musgo-touca-comum crescendo no Canadá. Foto da usuária sarahgrant11111 do iNaturalist.*

Várias coisas fazem do musgo-touca-comum um musgo bem peculiar. Enquanto a maioria das espécies de musgo cresce somente alguns milímetros em altura, às vezes uns poucos centímetros, o musgo-touca-comum pode chegar a uma altura excepcional de 70 cm, apesar de geralmente não passar dos 10 cm. Plantas jovens são verde-escuras, mas a cor vai mudando para marrom à medida que envelhecem. As folhas frequentemente tem 6 a 8 mm de comprimento, mas podem chegar a 12 cm. Elas são estreitas e alongadas. Quando secas, elas apontam para cima, ficando próximas do caule, mas quando molham apontam para fora, geralmente se curvando ligeiramente para baixo.

A reprodução do musgo-touca-comum segue basicamente o mesmo padrão de outros musgos. A fase dominante é o gametófito, o qual pode produzir gametas masculino ou femininos. Os gametas masculinos viajam pela água até atingirem as plantas femininas para se fundirem com os gametas femininos para produzir o zigoto, o qual crescerá para formar um esporófito que tem o aspecto típico de um caule longo com uma cápsula de esporos no topo. Quando o esporófito libera os esporos, eles germinam e produzem novos gametas.

Esporófitos crescendo no topo de gametófitos femininos na Alemanha. Foto de Christian Kahle.

Enquanto a maioria das espécies de musgo possuem uma camada única de células fotossintéticas na superfície de suas folhas, o musgo-touca-comum as tem organizadas em lamelas, cristas que correm ao longo do comprimento das folhas e que possuem uma célula de espessura e várias de altura. As células do tipo das lamelas são ligeiramente mais largas que as demais, o que faz surgirem lacunas bem estreitas entre lamelas adjacentes. Esse microambiente pode reter água em condições secas, o que faz do musgo-touca-comum uma espécie relativamente resistente à dessecação quando comparado a um musgo médio.

Seção transversal de uma folha mostrando as lamelas de células fotossintetizantes. Foto de Hermann Schachner.

Mas a complexidade desta espécie não para aí. Enquanto um musgo típico não tem tecidos diferenciados no seu caule e a água precisa ser conduzida de célula em célula por osmose, o caule do musgo-touca-comum possui uma porção central formada de células aumentadas adaptadas para transportar água para cima, de forma similar ao xilema de plantas vasculares. Em volta desse tecido, outra camada de células especializadas é capaz de funcionar como o floema, conduzindo água na outra direção.

Seção transversal do caule mostrando o tecido vascular na porção central. Foto de Hermann Schachner.

Visto que musgos não são os ancestrais das plantas vasculares, essas estruturas devem ter evoluído independentemente nos dois grupos. Isso sugere que a vascularização poderia evoluir de novo e de novo para ajudar organismos fotossintéticos sésseis a conquistar a terra. Talvez se nós humanos pararmos de foder com o planeta, um dia uma nova linhagem de plantas vasculares possa evoluir dos adoráveis musgos-toucas.

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Mais musgos:

Sexta Selvagem: Musgo-Prateado (em 4 de novembro de 2016)

Sexta Selvagem: Musgo-da-Terra-Espalhado (em 12 de maio de 2017)

Sexta Selvagem: Musgo-Quadridentado-Pelúcido (em 13 de abril de 2018)

Sexta Selvagem: Esfagno-Vermelho (em 10 de julho de 2020)

Sexta Selvagem: Musgo-Impossível (em 6 de novembro de 2020)

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Referências;

Brodribb, T. J., Carriquí, M., Delzon, S., McAdam, S. A. M., & Holbrook, N. M. (2020). Advanced vascular function discovered in a widespread moss. Nature Plants6(3), 273-279. https://doi.org/10.1038/s41477-020-0602-x

Wikipedia. Polytrichum commune. Disponível em: < https://en.wikipedia.org/wiki/Polytrichum_commune >. Acesso em 11 de novembro de 2021.

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*Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons de Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional

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Sexta Selvagem: Ostra-de-Água-Doce-Africana

por Piter Kehoma Boll

Ostra é um termo usado para uma variedade de bivalves não relacionados entre si. Apesar de a maioria das ostras ocorrer no mar, há bivalves com jeitão de ostra em ambientes de água-doce também. Uma dessas ostras de água doce é Etheria elliptica, conhecida como ostra-de-água-doce-africana.

Como seu nome comum sugere, a ostra-de-água-doce-africana é encontrada na África, incluindo o continente em si e Madagascar. Ela é, de fato, a única ostra de água doce na África e a única espécie no gênero Etheria. Ela é distribuída através da maioria das grandes bacias hidrográficas da África, incluindo as dos rios Nilo, Níger, Volta e Congo, e de Madagascar.

Várias conchas cimentadas da ostra-de-água-doce-africana em Angola. Não é nenhuma vencedora de concurso de miss. Foto de Rob Palmer.*

A aparência externa da ostra-de-água-doce-africana não é das mais bonitas. Sendo um bivalve meio que oval, essa espécie começa a vida com duas conchas de tamanho e formato idênticos, o que é uma característica típica de bivalves da subclasse Palaeoheterodonta. No entanto a ostra-de-água-doce-africana se deita com uma das conchas sobre substratos duros e esta concha começa a encrustar no substrato, se tormando fortemente presa, cimentada a ele, tornando o animal séssil e assimétrico. A superfície da concha também se torna muito erodida, desgastada, em um período muito curto, o que lhe dá o aspecto irregular clássico que vemos nas ostras marinhas verdadeiras. Este é, talvez, o motivo de elas serem chamadas de ostras também.

Superfície interna (acima) e externa (abaixo) de uma concha recém-coletada na Serra Leoa. Foto do usuário benbarca do iNaturalist.**

Enquanto o lado de fora é meio feio, a superfície interna da ostra-de-água-doce-africana geralmente tem o belo aspecto iridescente que a maioria das conchas de molusco tem, a qual é causada pela presença de nácar ou madrepérola.

Como a maioria dos bivalves, a ostra-de-água-doce-africana é uma espécie primariamente dioica, com indivíduos machos e fêmeas. No entanto hermafroditas não são tão raros e parecem ter gônadas completamente funcionais. Detalhes de sua reprodução não são bem conhecidos ainda, aparentemente.

Sendo uma espécie comestível, a ostra-de-água-doce-africana é uma fonte importante de alimento para muitas populações humanas na África, às vezes sendo a principal fonte de proteína e frequentemente a principal fonte de renda de muitas famílias. As ostras são frequentemente coletadas por mulheres quando o nível dos rios está baixo e as colônias ficam expostas acima da superfície da água. Ferramentas como enxadas e martelos são usados para arrancas as ostras do substrato. Enquanto essa exploração de subsistência é essencial para muitas pessoas, as populações da ostra estão sofrendo superexploração em muitas áreas. Em Madagascar, por exemplo, as populações foram tão intensamente exploradas que a espécie quase se tornou extinta lá, e há evidências sugerindo que outros lugares estão seguindo para o mesmo caminho desastroso.

As ostras são fáceis de localizar quando o nível do rio está baixo, como podemos ver aqui no Rio Volta Branco em Gana. Extraído de Ampofo-Yeboah & Owusu-Frimpong (2014).

Apesar de ser considerada uma só espécie no momento, alguns resultados moleculares preliminares indicam a existência de pelo menos três espécies diferentes só na Bacia do Congo. Isso sugere que populações mais isoladas, em diferentes bacias hidrográficas, podem na verdade constituir espécies distintas também. Assim, algumas podem já ter sido extintas sem nosso conhecimento, como nas dizimadas populações de Madagascar.

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Mais bivalves:

Sexta Selvagem: Mexilhão-Marrom (em 17 de novembro de 2017)

Sexta Selvagem: Amêijoa-Gigante (em 14 de setembro de 2018)

Sexta Selvagem: Amêijoa-Asiática (em 14 de fevereiro de 2020)

Sexta Selvagem: Ostra-Espinhosa-Gigante (em 30 de outubro de 2020)

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Referências:

Akélé, G. D., Agadjihouèdé, H., Mensah, G. A., & Lalèyè, P. A. (2015). Population dynamics of freshwater oyster Etheria elliptica (Bivalvia: Etheriidae) in the Pendjari River (Benin-Western Africa). Knowledge and Management of Aquatic Ecosystems, (416), 06. https://www.kmae-journal.org/articles/kmae/abs/2015/01/kmae140100/kmae140100.html

Ampofo-Yeboah, A., & Owusu-Frimpong, M. (2014). The Fishery of the Freshwater Oyster Etheria Elliptica (Etheriidae) in Northern Ghana: Its Distribution and Economic Importance. Journal of Agriculture and Sustainability5(2). https://www.infinitypress.info/index.php/jas/article/view/774

Ampofo-Yeboah, A., Owusu-Frimpong, M., & Yankson, K. (2009). Gonad development in the freshwater oyster Etheria elliptica (Bivalvia: Etheriidae) in northern Ghana. African Journal of Aquatic Science34(2), 195-200. https://doi.org/10.2989/AJAS.2009.34.2.11.898

Elderkin, C. L., Clewing, C., Wembo Ndeo, O., & Albrecht, C. (2016). Molecular phylogeny and DNA barcoding confirm cryptic species in the African freshwater oyster Etheria elliptica Lamarck, 1807 (Bivalvia: Etheriidae). Biological Journal of the Linnean Society118(2), 369-381. https://doi.org/10.1111/bij.12734

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*Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons de Atribuição e Compartilhamento Igual 4.0 Internacional.

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