por Piter Kehoma Boll
Opiliões formam um grupo peculiar de aracnídeos que são frequentemente confundidos com aranhas, apesar de os dois grupos não serem proximamente relacionados. Através da maior parte da Europa e do norte da Ásia, você pode encontrar o opilião, a espécie que deu nome a todo o grupo. Seu nome científico é Phalangium opilio, atualmente conhecido como opilião-europeu.
O corpo das fêmeas atinge cerca de 9 mm de comprimento e os machos são ligeiramente menores, atingindo até 7 mm. Contudo a maior parte do tamanho está nas pernas. O segundo par, que é o mais longo, pode atingir 54 mm em achos e muito menos em fêmeas, cerca de 38 mm. Eles são frequentemente amarronzados, mas podem ter algumas marcas avermelhadas ou pretas também.
O opilião-europeu pode ser encontrado em uma variedade de habitats, como florestas e prados. Ele também é bem adaptado a ambientes antropizados (e qual espécie europeia não é?), como jardins, campos, gramados e parques. Como consequência, essa espécie foi introduzida na América do Norte, na Austrália e na Nova Zelândia.
Como predador, o opilião-europeu se alimenta de uma variedade de organismos menores e de corpo relativamente mole, como ácaros, pulgões e larvas de insetos. ELe também pode comer ovos de insetos e artrópodes mortos. Em ecossistemas agrícolas, ele pode ser uma espécie importante para o controle da população de algumas pragas, como a lagarta-da-espiga-de-milho, Helicoverpa zea e o besouro-da-batata, Leptinotarsa decemlineata. Ele também foi observado se alimentando do pulgão-da-soja, Aphis glycines, mas essa espécie parece ser prejudical ao desenvolvimento do opilião, de forma que ele provavelmente não o comeriam em plantações de soja de outras presas estiverem presentes.
Durante a época de acasalamento, que geralmente ocorre pelo outono, os machos disputam as fêmeas com empurrões, atacando o rival com suas quelícerass e agarrando e torcendo os pedipalpos do adversário. O macho mais forte geralmente vence e copula com a fêmea nas proximidades enquanto o outro macho se retira. Os adultos morrem no inverno e os ovos sobrevivem para eclodir na primavera seguinte. Isso significa que duas gerações do opilião-europeu nunca se encontram.
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Referências:
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Willemart, R. H., Farine, J. P., Peretti, A. V., & Gnaspini, P. (2006). Behavioral roles of the sexually dimorphic structures in the male harvestman, Phalangium opilio (Opiliones, Phalangiidae). Canadian Journal of Zoology, 84(12), 1763-1774. https://doi.org/10.1139/z06-173
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