Arquivo do mês: fevereiro 2020

Sexta Selvagem: Vespa-Cuco-Avermelhada

por Piter Kehoma Boll

Além dos bem conhecidos parasitas internos e externos que se alimentam dos recursos do hospedeiro, a natureza possui também outros tipos de parasitismo. Um dos tipos é o chamado parasitismo de ninhada, no qual um animal põe seus ovos no ninho de outro animal de forma que eles serão criados por pais adotivos, geralmente de uma espécie diferente. Os cucos são certamente os parasitas de ninhada mais famosos, pondo ovos nos ninhos de outras aves.

Mas parasitas de ninhada existem também entre outros grupos animais, incluindo, é claro, a diversa ordem Hymenoptera. Vespas da família Chrysididae são conhecidas como vespas-cucos porque põem seus ovos nos ninhos de outras vespas. Uma espécie desta família é Hedychrum rutilans, que eu decidi chamar de vespa-cuco-avermelhada.

Uma vespa-cuco-avermelhada nos Países Baixos. Foto do usuário v_s_ do iNaturalist.*

Adultos desta espécie medem até 1 cm de comprimento e possuem um corpo com um formato que lembra uma formiga. Sua característica mais marcante, no entanto, é sua cor metálica que é típica de vespas-cucos. Na vespa-cuco-avermelhada, o abdome e a parte anterior do tórax possuem um tom avermelhado, enquanto o resto do corpo é um tanto verde.

Vivendo na Europa e nas regiões mais setentrionais da África, a vespa-cuco-avermelhada é uma adorável bebedora de néctar quando adulta. Todavia, como larva, é um parasitoide. As fêmeas põem seus ovos dentro de outro inseto para que as larvas se alimentem do hospedeiro a partir de dentro. Contudo, como eu mencionei, as vespas-cucos são parasitas de ninhada, de onde o nome vespa-cuco. Assim, elas não caçam outros insetos para servirem de hospedeiros para suas larvas. Em vez disso, invadem os ninhos de outra espécie, o lobo-de-abelha-europeu, apresentado aqui semana passada, e põem seus ovos nas abelhas que o lobo-de-abelha-europeu caçou para sua própria prole.

Vespa-cuco-avermelha na França. Foto do usuário butor do iNaturalist.*

Quando o ovo da vespa-cuco-avermelhada eclode, a larva começa a se alimentar das abelhas paralisadas e podem até mesmo se alimentar da larva do lobo-de-abelha. Mas como uma fêmea da vespa-cuco consegue invadir o ninho do lobo-de-abelha sem ser notada?

A superfície dos insetos é coberta de hidrocarbonetos cuticulares (CHCs), os quais possuem várias funções. Eles protegem o corpo da água e possuem muitas funções para comunicação química, tanto intra- quanto interespecífica. Parasitoides, por exemplo, fazem uso de sinais de CHC para encontrarem seus hospedeiros, e muitas espécies, especialmente insetos sociais como abelhas e formigas, usam CHCs para reconhecer indivíduos de sua própria colônia e detectar invasores, incluindo parasitoides e parasitas de ninhada. Assim, um lobo-de-abelha poderia facilmente localizar uma vespa-cuco se esgueirando para dentro de seu ninho, mas a seleção natural fez as mudanças necessárias. A quantidade de CHCs na superfície de vespas-cucos está bem abaixo dos níveis normais na maioria dos insetos. Como resultado, seu cheiro é tão fraco que elas não conseguem ser percebidas num ninho empestado de CHCs de lobo-de-abelha.

Um espécime na Rússia. Foto e Shamal Murza.*

Uma estratégia que lobos-de-abelha parecem ter desenvolvido para reduzir os níveis de parasitismo pela vespa-cuco-avermelhada é aumentar sua atividade no fim do dia, quando a atividade das vespas-cucos é reduzida. Durante esse tempo. é mais fácil para lobos-de-abelha entrarem em seus ninhos sem serem detectados pelas vespas-cucos. Quando um lobo-de-abelha detecta uma vespa-cuco perto de seu ninho, ele a ataca ferozmente. Contudo uma vez que a vespa-cuco tenha entrado no ninho, o lobo-de-abelha é incapaz de reconhecê-la mesmo se der de cara com ela lá dentro devido à inabilidade de detectar o invasor quimicamente.

Os dois lados, é claro, sempre tentarão encontrar novas maneiras de sucederem. Afinal, a natureza é uma corrida armamentista sem fim.

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Referências:

Kroiss J, Schmitt T, Strohm E (2009) Low level of cuticular hydrocarbons in a parasitoid of a solitary digger wasp and its potential for concealment. Entomological Science 12:9–16. doi: 10.1111/j.1479-8298.2009.00300.x

Kroiss J, Strohm E, Vandenbem C, Vigneron J-P (2009) An epicuticular multilayer reflector generates the iridescent coloration in chrysidid wasps (Hymenoptera, Chrysididae). Naturwissenschaften 983–986. doi: 10.1007/s00114-009-0553-6

Strohm E, Laurien-Kehnen C, Boron S (2001) Escape from parasitism: spatial and temporal strategies of a sphecid wasp against a specialised cuckoo wasp. Oecologia 129:50–57. doi: 10.1007/s004420100702

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*Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons de Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional

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Sexta Selvagem: Lobo-de-Abelha-Europeu

por Piter Kehoma Boll

Entre as espécies da altamente diversa ordem de insetos Hymenoptera, muitas são conhecidas por serem parasitas ou parasitoides de uma variedade de animais e plantas. Espécies parasitadas comumente conhecidas incluem aranhas e lagartas, mas alguns himenópteros parasitam outros himenópteros.

Um dessas espécies é Philanthus triangulum, conhecida como lobo-de-abelha-europeu. O nome lobo-de-abelha se refere ao fato de esta espécie caçar abelhas, particularmente a abelha-europeia-comum, Apis mellifera. Esta espécie ocorre através da Europa e da África, possuindo várias subespécies.

Um lobo-de-abelha-europeu fêmea em Gran Canaria, Espanha. Foto de Juan Emilio.**

O lobo-de-abelha-europeu possui cerca de o mesmo comprimento de sua presa, a abelha-europeia-comum, mas seu corpo possui um jeitão mais de vespa. O abdome e as pernas são predominantemente amarelos, enquanto a cabeça e o tórax são principalmente pretos e marrons. O abdome amarelo possui listras pretas transversais que são típicas de muitas espécies de vespas, mas sua largura pode variar. Os machos são menores que as fêmeas e possuem entre os olhos uma marca clara característica em forma de tridente que está ausente ou é muito pequena em fêmeas.

Um macho na Andaluzia, Espanha. Veja a marca em forma de tridente entre os olhos. Foto do usuário gailhampshire do flickr.*

Em regiões mais frias, onde o inverno é mais rigoroso, os lobos-de-abelha-europeus emergem como adultos no começo do verão. Tanto machos quanto fêmeas adultos se alimentam do néctar de várias plantas. As fêmeas criam grandes e muitas vezes complexas tocas em solos arenosos em locais abertos e ensolarados. As tocas podem ter até um metro de comprimento e possuem entre 3 e 24 túneis curtos, as câmaras da prole, no final, cada uma das quais será usada para criar uma larva. Uma vez terminando a toca, a fêmea procura por abelhas-europeias para caçar. Quando ataca a abelha, o fêmea de lobo-de-abelha a ferroa atrás das patas dianteiras e a paralisa, voando então de volta ao ninho e carregando a abelha paralisada abaixo de si entre as pernas. Até cinco abelhas podem ser fornecidas para cada larva e são sua única fonte de alimento durante seu desenvolvimento.

Uma fêmea com uma abelha parasitada na Inglaterra. Foto de Martin Cooper.*

Os machos tendem a viver perto das tocas das fêmeas e usam feromônios sexuais para atraí-las. Apesar de serem territoriais, eles às vezes toleram outros machos por perto porque isso aumenta a liberação de feromônios e assim aumenta as chances de serem detectados pelas fêmeas.

Após a fêmea fornecer alimento suficiente para cada ovo, ela fecha a toca e vai embora. Contudo, visto que as larvas permanecerão vários meses naquele ambiente fechado e úmido, elas podem acabar sofrendo com o crescimento de mofo que pode destruir a elas ou ao alimento. As fêmeas parecem ter desenvolvido várias estratégias para reduzir este problema. Primeiro, antes de pôr o ovo na abelha, a vespa lambe a maior parte da superfície da abelha, aplicando uma secreção de uma glândula pós-faríngea. Apesar de esta secreção não ter propriedades antimicóticas, ela parece reduzir a condensação de água no corpo da abelha, o que também retarda o desenvolvimento de fungos, e ao mesmo tempo previne a perda de água pelo corpo da abelha, garantindo que as larvas terão a quantidade de água necessária para sobreviverem.

Carregando uma abelha para a tocana Inglaterra. Foto de Charlie Jackson.*

As fêmeas do lobo-de-abelha-europeu vivem simbioticamente com bactérias do gênero Streptomyces que cultivam em glândulas especializadas nas antenas. Elas “secretam” as bactérias nas câmaras antes de irem embora e mais tarde, quando as larvas eclodem, elas coletam as bactérias e as aplicam na superfície de um casulo que constroem para passar o inverno. Estas bactérias previnem, assim, fungos e outras bactérias de crescerem no casulo, protegendo a larva de infecções.

A natureza nunca para de nos surpreender com estratégias maravilhosas e tão belamente construídas pela seleção natural.

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Referências:

Herzner G, Schmitt T, Peschke K, Hilpert A, Strohm E (2007) Food Wrapping with the Postpharyngeal Gland Secretion by Females of the European beewolf Philanthus triangulum.Journal of Chemical Ecology 33:849–859. doi: 10.1007/s10886-007-9263-8

Herzner G, Strohm E (2008) Food wrapping by females of the European Beewolf, Philanthus triangulum, retards water loss of larval provisions. Physiological Entomology 33:101–109. doi: 10.1111/j.1365-3032.2007.00603.x

Kaltenpoth M, Goettler W, Dale C, Stubblefield JW, Herzner G, Roeser-Mueller K, Strohm Erhard (2006) ‘Candidatus Streptomyces philanthi’, an endosymbiotic streptomycete in the antennae of Philanthus digger wasps. International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology 56: 1403–1411. doi: 10.1099/ijs.0.64117-0

Wikipedia. European beewolf. Available at < https://en.wikipedia.org/wiki/European_beewolf >. Access on 20 February 2020.

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**Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons de Atribuição e Compartilhamento Igual 2.0 Genérica.

*Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons de Atribuição 2.0 Genérica.

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Sexta Selvagem: Amêijoa-Asiática

Desde que os humanos apareceram na Terra e começaram a migrar, carregaram outras espécies com eles para novas localidades. Isto fez os humanos não serem a única espécie a se tornar invasora e, nos últimos séculos, com a movimentação humana pelo planeta se tornando mais e mais intensa, espécies invasoras se tornaram mais e mais comuns.

Entre os moluscos bivalves, duas espécies invasoras bem populares são o mexilhão-zebra e o mexilhão-dourado, mas eles não são os únicos. Há um bivalve pequeno que não é tão frequentemente um incômodo para atividades humanas, mas certamente é um problema para espécies nativas, a chamada amêijoa-asiática, Corbicula fluminea.

Uma amêijoa-asiática em Hong Kong. Foto de Tommy Hui.*

A amêijoa-asiática é nativa do leste da Ásia onde vive enterrada no sedimento de rios, preferindo sedimentos arenosos em águas ricas em oxigênio. Sua pequena concha bivalve mede até 5 cm, apesar de a maioria dos espécimes adultos ter cerca de 3 cm de comprimento. Elas possuem uma cor que varia do marrom ao dourado, às vezes combinados, mas as camadas de cor podem descamar, causando manchas brancas.

O alimento da amêijoa-asiática consiste principalmente de fitoplâncton que ela filtra do sedimento. Populações humanas do leste da Ásia, como os chineses e coreanos, frequentemente usam a amêijoa-asiática como fonte de alimento. Durante o século XX, quando muitas pessoas do leste da Ásia migraram para outros países, a amêijoa-asiática foi levada com eles para ser criada como alimento. Como resultado, o molusco foi introduzido em bacias hidrográficas das Américas do Norte e do Sul e passou a se dispersar rapidamente.

A amêijoa-asiática não é tão tolerante a mudanças ambientais quanto outros bivalves invasores, mas sua vantagem é sua reprodução rápida. Apesar de haver linhagens tanto hermafroditas quanto dioicas, as populações invasoras são todas hermafroditas. A fertilização ocorre dentro do corpo da amêijoa mãe e as larvas se desenvolvem dentro dela, sendo liberadas já como pequenos indivíduos com concha.

Os primeiros registros desta espécie na América do Norte são de áreas na costa oeste dos Estados Unidos nos anos 1920. Um século mais tarde, a espécie é encontrada pelo país todo, tendo atingido a costa leste em menos de quatro décadas, e indo ao norte até o Canadá e ao sul até o México e a América Central.

Amêijoa-asiática em Massachusetts, EUA. Foto do usuário jfflyfisher do iNaturalist.*

Na América do Sul, a espécie foi introduzida simultaneamente no rio La Plata entre a Argentina e o Uruguai e no rio Jacuí no sul do Brasil nos anos 1970. Atualmente, menos de 50 anos depois, ela é encontrada tão ao norte quanto a Colômbia e para o sul até a Patagônia. A espécie também foi introduzida na Europa, na África e na Austrália.

Conchas coletadas no rio La Plata, em Buenos Aires, Argentina. Foto de Diego Gutierrez Gregoric.*

O principal impacto causado pela invasão da amêijoa-asiática é que ela compete com bivalves nativos, frequentemente levando a extinções locais, o que é uma grande ameaça especialmente para espécies raras, as quais podem desaparecer em poucas décadas. Apesar de impactos em atividades humanas não serem tão comuns, há casos de grandes números de indivíduos entupindo canos e outras estruturas.

Uma concha na Colômbia. Foto do usuário gerardochs do iNaturalist.*

Visto que há registros fósseis de espécies do gênero Corbicula na América do Norte, uma hipótese foi levantada sugerindo que, em vez de uma invasão, a disseminação da amêijoa-asiática neste continente é na verdade uma recolonização seguinte à última glaciação e que estes indivíduos podem ser o resultado de pequenas populações que se mantiverem de alguma forma ocultas. No entanto é muito pouco provável que a espécie tenha permanecido escondida em populações muito pequenas por milhares de anos para subitamente começar a se espalhar como o diabo em poucas décadas. Os humanos é que carregam a culpa, como sempre.

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Referências:

Araujo R, Moreno D, Ramos MA (1993) The Asiatic clam Corbicula fluminea (Müller, 1774) (Bivalvia: Corbiculidae) in Europe. American Malacological Bulletin 10(1): 39–49.

Planeta Invertebrados. Corbícula. Available at < http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=27&id_subcategoria=0&com=1&id=143 >. Access on 13 February 2020.

Sousa R, Antunes C, Guilhermino L (2008) Ecology of the invasive Asian clam Corbicula fluminea (Müller, 1774) in aquatic ecosystems: an overview. Annales de Limnologie 44(2): 85–94. doi: 10.1051/limn:2008017

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*Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons de Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional

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Sexta Selvagem: Ácaro-da-Babosa

por Piter Kehoma Boll

Alguns meses atrás eu apresentei uma minúscula vespa que causa galhas no eucalipto. Agora vou apresentar outra criatura minúscula, até menor que aquela vespa, que causa um tipo bem anormal de galha em espécies do gênero Aloe, popularmente chamadas de babosa .

Chamado Aceria aloinis e comumente conhecido como o ácaro-da-babosa, este aracnídeo minúsculo pode ser um pesadelo para espécies de babosa e aqueles que as cultivam. Eles são tão minúsculos que mal são visíveis a olho nu. Seu corpo é alongado e cilíndrico, vermiforme, como uma salsicha microscópica, e os adultos possuem apenas quatro patas em vez das típicas oito da maioria dos aracnídeos. Esta é a aparência típica da maioria dos ácaros da família Eriophyidae, conhecidos como ácaros-de-galha.

Dois ácaros-da-babosa. Extraído de Deinhart (2011).

Alimentando-se de células da epiderme dos pés de babosa, o ácaro-da-babosa leva a um enorme problema na planta hospedeira. Sua presença causa um crescimento anormal e feio formando uma galha disforme que é adequadamente conhecida como câncer da babosa. Este câncer frequentemente possui uma aparência esponjosa e às vezes, mais do que apenas estranhos crescimentos das folhas, do caule e das inflorescências, ele aparece como um aglomerado de folhas malformadas.

Uma galha nada bela formada pelo ácaro-da-babosa. Foto de Colin Ralston.*

Esta malformação provavelmente tem efeitos negativos sobre o desempenho a planta, mas a principal preocupação se deve ao fato de ela tornar espécies ornamentais de babosa esteticamente desagradáveis. A forma mais simples de se livrar do ácaro-da-babosa é cortando as partes infectadas e as queimando.

Mas como eles chegam até a planta para começar? Bem, ácaros eriofiídeos geralmente usam o vento para serem carregados de um lugar para outro e o ácaro-da-babosa não é exceção. Então você pode conseguir curar sua planta com uma amputação, mas, se houver outras plantas infectadas na região, os ácaros podem logo estar de volta.

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Referências:

Deinhart N (2011) Tiny Monsters: Aceria alionis. Cactus and Succulent Journal 83(3): 120–122. doi: 10.2985/0007-9367-83.3.120

Villavicencio LE, Bethke JA, Dahlke B, Vander Mey B, Corkidi L (2014) Curative and preventive control of Aceria aloinis (Acari: Eriophyidae) in Southern California. Journal of Economic Entomology 107(6):2088-2094.

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