Arquivo do mês: março 2021

Sexta Selvagem: Briozoário-Roxo-do-Havaí

por Piter Kehoma Boll

Beleza por si só geralmente não é o bastante para promover a pesquisa com invertebrados, seja pelos próprios pesquisadores ou pelos financiadores da pesquisa. Este parece ser o caso do camaradinha de hoje, um briozoário absolutamente lindo mas completamente inestudado chamado Disporella violacea, o qual decidi chamar de briozoário-roxo-do-Havaí.

Esta é uma espécie encrustante de briozoário, o que significa que ela cresce firmemente presa ao substrato, que pode ser rochas ou a superfície de outras espécies com esqueleto rígido, como moluscos, especialmente bivalves. Ele é colonial, claro, como é a regra para briozoários, e os zooides individuais são frequentemente organizados em círculos. A colônia toda possui um lindo tom roxo ou azul e aparece como uma mancha achatada, frequentemente irregular, com várias marcas circulares mais claras formadas pelos zooides organizados em círculos.

Disporella violacea nos recifes ao redor de Oahu, Havaí. Foto de Craig Fujii.*

Eu encontrei uma única fonte dizendo que o briozoário-roxo-do-Havaí é encontrado através do Indo-Pacífico, mas só encontrei fotos de colônias crescendo em recifes de coral em torno de Oahu, no Havaí.

O que podemos dizer de sua ecologia? Bem, nada. Não pude encontrar um artigo sequer tratando desta espécie. Não temos ideia nenhuma sobre como ela interage com outras espécies, como se reproduz, nada! Ela pertence à ordem Cyclostomatida, geralmente chamada de ciclóstomos (que não devem ser confundidos com Cyclostomata, que inclui lampreias e peixes-bruxas). Briozoários ciclóstomos parecem ser competidores fracos por espaço em recifes de coral, sendo frequentemente desalojados por outros animais sésseis como esponjas, ascídias e outros briozoários, como os briozoários quilostomados.

E é isso que temos por hoje. Um lindo organismo cuja história de vida é completamente desconhecida.

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Referências:

Reeflex. Disporella violacea. Disponível em < https://www.reeflex.net/tiere/6412_Disporella_violacea.htm >. Acesso em 25 de março de 2021.

Wikipedia. Cyclostomatida. Disponível em < https://en.wikipedia.org/wiki/Cyclostomatida >. Acesso em 25 de março de 2021.

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Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons de Atribuição Não Comercial Sem Derivações 4.0 Internacional.

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Sexta Selvagem: Colêmbolo-da-Praia

por Piter Kehoma Boll

Insetos e seus parentes de seis patas são espécies predominantemente terrestres e de água doce, com muito poucas espécies no mar. Uma dessas poucas espécies é o colêmbolo Anurida maritima, conhecido como colêmbolo-da-praia (seashore springtail em inglês) porque aí é exatamente onde ele é encontrado.

O habitat preferido do colêmbolo-da-praia são costas rochosas e argilosas com frestas onde eles possam se esconder quando a maré sobe. Eles são encontrados especialmente na costa do Atlântico na Europa e na América do Norte, mas podem chegar a porções do sul da América do Sul e da África.

Vários colêmbolos-da-praia na Inglaterra. Foto de Calum McLennan.*

Durante a maré baixa, eles andam pela costa procurando por alimento, que é composto principalmente de animais mortos, especialmente gastrópodes. O colêmbolo-da-praia é, de fato, considerado um carniceiro muito importante nos locais em que ocorre. Cerca de uma hora antes de a maré ficar alta, ou quando o céu escurece porque tem chuva vindo, eles correm para as frestas que habitam e onde também constroem seus ninhos. Como o comportamento deles é governado pela maré e não pelo dia, eles possuem um ritmo circa-maré que dura cerca de 12,4 horas, o que os ajuda a ajustá-lo à medida que a maré vai mudando de um dia para o próximo enquanto a lua se desloca ao redor da Terra.

Colêmbolos-da-praia se reunindo dentro do exoesqueleto de um caranguejo morto. Foto de Mary Johnson.*

Eles preferem locais que os protejam da corrente da água, especialmente onde há raízes ou outras estruturas vegetativas que aumentem a proteção e a superfície. Centenas de colêmbolos podem se reunir num único ninho e se tornarem rodeados por uma grande bolha de ar quando a água do mar enche o espaço. E lá eles esperam até que a maré baixe de novo. Eles também usam esses ninhos para fazer suas mudas e pôr os ovos, formando um tipo de ninho coletivo.

Durante o inverno, todos eles morrem e deixam só seus ovos para trás. Na primavera os ovos eclodem e o litoral fica cheio deles de novo, todos ávidos para explorar e comer tantos caramujos mortos quanto possível.

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Referências:

Joosse, E. N. (1966). Some observations on the biology of Anurida maritima (Guérin),(Collembola). Zeitschrift für Morphologie und ökologie der Tiere57(3), 320-328. https://doi.org/10.1007/BF00407599

King, P., Pugh, P. J. A., Fordy, M. R., Love, N., & Wheeler, S. A. (1990). A comparison of some environmental adaptations of the littoral collembolans Anuridella marina (Willem) and Anurida maritima (Guérin). Journal of Natural History24(3), 673-688. https://doi.org/10.1080/00222939000770461

Manica, A., McMeechan, F. K., & Foster, W. A. (2001). An aggregation pheromone in the intertidal collembolan Anurida maritima. Entomologia experimentalis et applicata99(3), 393-395. https://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.709.8452&rep=rep1&type=pdf

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Arquivado em Entomologia, Sexta Selvagem

Lagartos já foram anfíbios e sapos já foram répteis! O que são répteis e anfíbios?

por Piter Kehoma Boll

Depois de termos visto que aranhas já foram insetos, vamos ver sobre a confusão histórica na classificação dos animais que hoje conhecemos como #répteis e #anfíbios. Já houve uma época em que eles eram uma coisa só e muito disso foi resultado de preconceito contra esses animais.

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Arquivado em anfíbios, répteis, Sistemática, Taxonomia

Sexta Selvagem: Clatrulina-Elegante

por Piter Kehoma Boll

Já faz 84 anos desde a última vez que tivemos um protista de vida livre numa sexta selvagem. A espécie de hoje é um metamorfo de água doce conhecido como Clathrulina elegans. É óbvio que não há nome popular, por isso decidi chamá-la de clatrulina-elegante.

Clatrulinas-elegantes adultas vivem dentro de uma cápsula orgânica redonda medindo cerca de 50 µm de diâmetro. A célula não ocupa a cápsula toda, mas pode se mover livremente dentro dela. A superfície da cápsula tem várias aberturas ovais ou poligonais medindo cerca de 6 µm de diâmetro. A célula estende pseudópodes muito finos (filópodes) através de cada abertura da cápsula e os usa para capturar alimento, geralmente protistas menores. Esses pseudópodes emergem de projeções em forma de cone na superfície da célula. Até três pseudópodes podem sair de uma mesma projeção, mas todos passam por aberturas diferentes da cápsula. Dois pseudópodes nunca compartilham a mesma abertura. A cápsula tem um pedúnculo longo, cerca de 150 a 200 µm de comprimento, que prende o organismo ao substrato.

Clathrulina elegans com a cápsula, o pedúnculo, a célula e os pseudópodes. Créditos a Steffen Clauss. Extraído de http://www.wunderkanone.de/Heliozoans/photos/.

Sob condições favoráveis, a célula cresce dentro da cápsula e seu núcleo sofre mitose sem que ocorra divisão celular. Se as condições subitamente se tornam desfavoráveis, a célula se divide em várias células que se transformam em cistos, permanecendo inertes dentro da cápsula até que as condições se tornem favoráveis de novo.

Cápsula vazia. Foto de Damon Tighe.*

Se as condições ideais persistem, a célula multinucleada eventualmente se divide em várias células filhas. Todas, exceto uma delas, saem da cápsula e se transformam numa forma ou ameboide ou biflagelada. Estes estágios ameboides e biflagelados se movem por aí até encontrarem um substrato adequado para se fixarem, onde se transformam novamente na forma adulta. Esta transformação é complexa e começa com uma mudança completa na forma da célula, a qual se torna tipo uma esfera, e um grande pseudópode é formado para se tornar o pedúnculo. Depois que o pedúnculo se forma, o citoplasma dentro dele se retrai, deixando-o vazio, e vários vacúolos se formam abaixo da membrana celular da célula, forçando-a a se separar em uma parte externa que se desenvolverá na cápsula e uma interna que permanecerá como a célula propriamente dita.

A clatrulina-elegante pode ser encontrada em ambientes de água doce em muitas partes do mundo. Contudo, como é comum entre organismos unicelulares, ela talvez seja um complexo de várias espécies. Como de costume, não há estudos para esclarecer a diversidade verdadeira deste e muitos outros protistas.

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Referências:

Bardele, C. F. (1972). Cell cycle, morphogenesis, and ultrastructure in the pseudoheliozoan Clathrulina elegans. Zeitschrift für Zellforschung und Mikroskopische Anatomie130(2), 219-242. https://doi.org/10.1007/BF00306959

Foulke, S. G. (1884). Some phenomena in the life-history of Clathrulina elegans. Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia, 17-19. https://www.jstor.org/stable/4060940

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Arquivado em protistas, Sexta Selvagem

Qual é o nome científico mais antigo ainda válido?

por Piter Kehoma Boll

A nomenclatura binomial tanto botânica quanto zoológica se iniciou no século XVIII, mas com revisões taxonômicas incontáveis ao longo dos séculos seguintes poucos nomes continuaram iguais desde lá até o presente, mas existem aqueles que seguem firmes e inalterados há quase 300 anos. Aprenda aqui quais são os mais antigos nomes que ainda são válidos hoje em dia.

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Arquivado em Taxonomia

Sexta Selvagem: Planária-da-Nova-Guiné

por Piter Kehoma Boll

Aprendemos semana passada sobre o caracol-gigante-africano e como ele se espalhou pelo mundo, prejudicando diversos ecossistemas. Pelo começo dos anos 1980, o caracol-gigante-africano era uma praga na ilha de Guam, mas subitamente seus números passaram a cair e a causa identificada foi a introdução acidental de outra espécie na ilha, a Planária-da-Nova-Guiné, Platydemus manokwari.

Planária da Nova Guiné na Indonésia. Foto de Franz Anthony.*

Descoberta nas florestas em torno da cidade de Manokwari, na Nova Guiné, mais precisamente na província de Papua Ocidental, Indonésia, a planária-da-Nova-Guiné era a princípio só mais uma planária terrestre como muitas outras encontradas pelas regiões Australásia e Indo-Malaia. Medindo cerca de 60 mm de comprimento, 7 mm de largura e apenas 2 mm de espessura, a planária-da-Nova-Guiné tem um dorso marrom-escuro, quase preto, com uma fina linha mediana amarela, enquanto o lado ventral tem uma cor bege. Pertencendo à tribo Rhynchodemini de planárias terrestres, ela só tem dois olhos na região anterior e eles são consideravelmente grandes comparados aos olhos de planárias terrestres de outras tribos e subfamílias e possuem mesmo uma lente simples sobre o cálice de pigmento, o que significa que elas provavelmente veem melhor que a maioria das planárias.

Extremidade anterior da planária-da-Nova-Guiné. O olho direito é visível como um ponto preto. Créditos a Justine et al. (2014).**

Como todas, ou a maioria das, planária terrestres, a planária-da-Nova-Guiné é um predador e suas presas favoritas parecem ser caracóis, o que a fez se tornar um método de controle bem-sucedido contra o caracol-gigante-africano em Guam. Devido a este sucesso, a planária-da-Nova-Guiné foi deliberadamente introduzida em Bugsuk, uma pequena filha das Filipinas. Cerca de 20 meses após sua introdução, sua população crescera significativamente e a população do caracol-gigante-africano diminuíra drasticamente.

Um espécime em Guam. Foto de Brenden Holland.*

Durante os anos seguintes, o interesse na planária-da-Nova-Guiné cresceu e a espécie foi introduzida deliberada ou acidentalmente em muitas ilhas do Pacífico. Contudo, lá pelos anos 1990, a situação já se tornara um pesadelo. Uma das áreas mais severamente afetadas foram as ilhas Ogasawara no Japão. Estas ilhas costumavam ter uma fauna de caracóis muito rica, mas 10 anos após a introdução da planária-da-Nova-Guiné, a maioria das espécies havia sido extinta. Contudo, apesar de remover a maioria dos caracóis das ilhas, a população da planária-da-Nova-Guiné continuou grande e logo se descobriu que ela pode se alimentar também de minhocas, nemertinos, tatuzinhos-de-jardim e mesmo de outras planárias terrestres. Sua ameaça, portanto, vai muito além dos caracóis.

Apesar de ter se disseminado através de muitas ilhas do Pacífico, a planária-da-Nova-Guiné permaneceu restrita a esta área do mundo por algum tempo, mas as coisas mudaram em 2014 quando ela foi registrada na França. Somente um ano depois, em 2015, ela foi encontrada no sul dos Estados Unidos e no Caribe. Em 2018 ela foi encontrada na Tailândia e, para piorar as coisas, ela se revelou ser também um hospedeiro do nematódeo parasita Angiostrongylus cantonensis, da mesma forma que o caracol-gigante-africano.

Espécime na Flórida, EUA. Foto de  Luca Catanzaro.*

Não é de se surpreender então que a planária-da-Nova-Guiné também é considerada uma das 100 piores espécies invasoras do mundo. Sua disseminação recente pela Europa e pelas Américas significa que uma nova onda de extinções causada por nossa imprudência está prestes a começar.

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Referências:

Chaisiri, K., Dusitsittipon, S., Panitvong, N., Ketboonlue, T., Nuamtanong, S., Thaenkham, U., Morand, S., & Dekumyoy, P. (2018). Distribution of the newly invasive New Guinea flatworm Platydemus manokwari (Platyhelminthes: Geoplanidae) in Thailand and its potential role as a paratenic host carrying Angiostrongylus malaysiensis larvae. Journal of Helminthology, 1–9. https://doi.org/10.1017/S0022149X18000834

Justine, J.-L., Winsor, L., Gey, D., Gros, P., & Thévenot, J. (2014). The invasive New Guinea flatworm Platydemus manokwari in France, the first record for Europe: Time for action is now. PeerJ2, e297. https://doi.org/10.7717/peerj.297

Justine, J.-L., Winsor, L., Barrière, P., Fanai, C., Gey, D., Han, A. W. K., La Quay-Velázquez, G., Lee, B. P. Y.-H., Lefevre, J.-M., Meyer, J.-Y., Philippart, D., Robinson, D. G., Thévenot, J., & Tsatsia, F. (2015). The invasive land planarian Platydemus manokwari (Platyhelminthes, Geoplanidae): Records from six new localities, including the first in the USA. PeerJ3, e1037. https://doi.org/10.7717/peerj.1037

Kawakatsu, M., Oki, I., Tamura, S., Itô, H., Nagai, Y., Ogura, K., Shimabukuro, S., Ichinohe, F., Katsumata, H., & Kaneda, M. (1993). An extensive occurrence of a land planarian, Platydemus manokwari de Beauchamp, 1962, in the Ryûkyû Islands, Japan (Turbellaria, Tricladida, Terricola). 陸水生物学報 (Biology of Inland Waters)8, 5–14.

Muniappan, R., Duhamel, G., Santiago, R. M., & Acay, D. R. (1986). Giant African snail control in Bugsuk island, Philippines, by Platydemus manokwariOléagineux41(4), 183–186.

Ohbayashi, T., Okochi, I., Sato, H., & Ono, T. (2005). Food habit of Platydemus manokwari De Beauchamp, 1962 (Tricladida: Terrricola: Rhynchodemidae), known as a predatory flatworm of land snails in the Ogasawara (Bonin) Islands, Japan. Applied Entomology and Zoology40(4), 609–614. https://doi.org/10.1303/aez.2005.609

Sugiura, S. (2010). Prey preference and gregarious attacks by the invasive flatworm Platydemus manokwariBiological Invasions12(6), 1499–1507. https://doi.org/10.1007/s10530-009-9562-9

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*Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons de Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional

**Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons de Atribuição 4.0 Internacional.

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