Sexta Selvagem: Fritilária-Imperial

por Piter Kehoma Boll

Vamos trazer uma alta dose de beleza para a Sexta Selvagem de hoje com uma espécie maravilhosa que pode às vezes ser encontrada em seu jardim.

Fritilária-imperial crescendo em seu ambiente natural no Curdistão. Foto do usuário A2raya07 do Wikimedia.*

Fritillaria imperialis, a fritilária-imperial ou coroa-imperial, é nativa das terras altas asiáticas entre a Turquia e os Himalaias, mas é cultivada a nível global, tendo uma série de cultivares artificialmente selecionados. A planta atinge uma altura de cerca de 1 m e possui uma série de folhas em forma de lança ao longo de seu caule, de forma similar ao que é encontrado em outras espécies da família do lírio, Liliaceae, a qual pertence. As flores aparecem em uma espiral perto do topo do caule e são viradas para baixo. Uma coroa de pequenas folhas fica acima das flores, daí o nome imperialis. As flores em forma de sino são geralmente laranjas na natureza, mas, em cultivares, variam entre vermelho e amarelo.

Um cultivar chamado ‘Rubra Maxima’. Foto de Hendry Heatly.**

A fritilária-imperial vem sendo usada em medicina tradicional por séculos por pessoas vivendo em sua área de distribuição nativa. Estudos recentes revelaram que a planta contém uma série de de alcaloides, principalmente alcaloides esteroides anticolinérgicos, que possuem o potencial de serem usados para o desenvolvimento de novos medicamentos para tratar várias condições.

Apesar de sua popularidade como planta ornamental, populações selvagens da fritilária-imperial estão ameaçadas em muitos países em que ela ocorre, especialmente devido a perda de habitat. De forma a auxiliar na preservação e na restauração de populações selvagens, algumas técnicas de laboratório vêm sendo desenvolvidas para gerar clones que poderiam ajudar a aumentar o tamanho populacional na natureza.

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Referências:

Akhtar MN, Rahman A, Choudhary MI, Sener B, Erdogan I, Tsuda Y (2003) New class of steroidal alkaloids from Fritillaria imperialisPhytochemistry 63: 115–122. doi: 10.1016/S0031-9422(02)00569-1

Gilani AH, Shaheen F, Christopoulos A, Mitchelson F (1997) Interaction of ebeinone, an alkaloid from Fritillaria imperialis, at two muscarinic acetylcholine receptor subtypes. Life Sciences 60 (8): 535–544. doi: 
10.1016/S0024-3205(96)00691-1

Kiani M, Mohammadi S, Babaei A, Sefidkon F, Naghavi MR, Ranjbar M, Razavi SA, Saeidi K, Jafari H, Asgardi D, Potter D (2017) Iran supports a great share of biodiversity and floristic endemism for Fritillaria spp. (Liliaceae): A review. Plant Diversity 39(5): 245–262. doi: 10.1016/j.pld.2017.09.002

Mohammadi-Dehcheshmeh M, Khalighi A, Naderi R, Sardari M, Ebrahimie E (2008) Petal: a reliable explant for direct bulblet regeneration of endangered wild populations of Fritillaria imperialis L. Acta Physiologiae Plantarum 30(3): 395–399. doi: 10.1007/s11738-007-0126-2

Wikipedia. Fritillaria imperialis. Disponível em < https://en.wikipedia.org/wiki/Fritillaria_imperialis >. Access em 11 de fevereiro de 2019.

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*Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons de Atribuição e Compartilhamento Igual 3.0 Não Adaptada.

**Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons de Atribuição e Compartilhamento Igual 2.0 Genérica.

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